domingo, 21 de fevereiro de 2010

Passando o carnaval no Rio

Oi, pessoal!
Bom, depois de um ótimo almoço no Fiorino, aqui na Tijuca (mãe, quero levá-la neste restaurante!), resolvi, finalmente, sentar em frente ao computador e escrever sobre as minhas reclamações do carnaval no Rio.
Já passo o carnaval no Rio de Janeiro há quatro anos e tenho acompanhado as mudanças.

Vamos lá...

O que é este metrô??
No dia em que desfilamos, sábado, pegamos o metrô na Saens Peña e seguimos para a Praça Onze. Esperamos um bom tempo até o metrô chegar. Entramos e o metrô ficou , também, um bom tempo parado. Abria e fechava várias vezes e mais gente entrava. Até que os seguranças mandaram a gente sair e ir ao outro que estava ao lado e acabara de chegar.
Entramos com o metrô já bem cheio e aguardamos, enfim, o metrô seguir. Mas não. Apagaram as luzes e mandaram a gente sair, pois este não seguiria.
Nisso, algumas poucas pessoas (porque as pessoas se acostumaram a ser maltradas) se irritaram e começaram a brigar com os seguranças.
Sabe quando nos sentimos idiotas? Foi assim que me senti naquele momento.
Havia 2 trens e nenhum poderia sair conosco.
Aguardamos um outro, que seguiu logo, lotado.
E foi ficando cada vez mais lotado à medida que passava pelas estações.
Sim, estava megalotado e o pessoal do desfile, protegendo suas fantasias.
Saímos de lá P's da vida!

Prefirimos então, neste carnaval, pegar taxi ou ir de ônibus (outro problema do Rio, que oferece ônibus quentes, sem um ar condicionado. Mas para que ar condicionado? Vivemos numa cidade fresquinha, quase serrana, não é mesmo?) e, assim, evitamos, ao máximo, pegar o metrô. Só pegamos novamente na segunda-feira, para um bloco no centro e outro em Copa.
Mais estresse. Este esquema de van que o metrô tem - ficar parado até encher o máximo que der - é um absurdo.
Ficamos um tempão parados em algumas estações esperando o metrô ficar super lotado.
Acho que o pessoal do metrô deve ficar pensando em como tratar mal o carioca e coloca tudo em prática.
É impossível ser tão ruim sem querer.

Deixemos o metrô de lado (mas alguma coisa tem que ser feita!) e passemos para o choque de ordem e os banheiros do Eduardo Paes.
Fui a um bloco na Cobal do Humaitá e o que não tinha lá era banheiro químico!
Resultado: fui catar um banheiro para fazer xixi.
Os homens, claro, molharam as plantinhas (como dizia a minha mãe) e, sinceramente, com toda a razão!
No bloco de Copa, tinha um banheiro químico! Isto mesmo um! Na verdade, eram dois, porém, era nojento demais para qualquer pessoa usar.
Havia também um banheiro super fotografado por todos, para os homens.
Um banheiro superesquisito, mas que a galera estava usando. Até o momento em que litros de xixi começaram a sair pelo banheiro e inundar a calçada.
Eu fui atrás dos bares da orla para poder fazer xixi.
Graças à boa vontade do Bar Sindicato do chopp, não passei tanto sufoco.
Mas o Eduardo Paes não gritou para toda a imprensa que ia ter um monte de banheiro químico para os foliões???
Ahh tá...

Mas eu acho esta questão muito complicada.

Vi na TV que a Tropa do Eduardo saiu prendendo os molhadores de plantinha (prefiro isto a mijões, como a imprensa fala).
Eu acho um absurdo!
Sim... Eles lá super felizes porque prenderam não sei quantos "molhadores de plantinhas", enquanto tinha uma galerinha reclamando de furtos.
Mas o que é mais importante? A cidade livre dos "molhadores de plantinha" ou dos ladrões? O prefeito e sua trupe acham que são os molhadores.

Mas aí, queridos, eu informo a vocês:
eu fiz um curso de organização de eventos e, nele, aprendi que 1 banheiro químico atende a 150 pessoas.
Vamos pegar como exemplo o Bola Preta, que no domingo, dia 13, parece ter reunido - segundo o site O Globo - cerca de 1,5 milhão de pessoas. Façamos as contas, meus amigos:
1,5 milhão de pessoas/150 pessoas por banheiro dá 10 mil banheiros!
Para atender a este número de foliões, a prefeitura teria que disponibilizar 10 mil banheiros pela área!!!!
Impossível.
Mas neste mesmo link do jornal O Globo, eles informam que "No trajeto do Cordão foram instalados 400 banheiros químicos. Ainda assim, segundo a Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop), até o meio-dia, 17 mijões, entre eles uma mulher, foram detidos na Rua México. Eles foram encaminhados à 1ª DP (Gomes Freire)."
400!
400 banheiros químicos atenderiam 60 mil pessoas!

Sério...eu acho uma palhaçada tudo isto.
Usemos toda esta energia para coisas mais importantes.

Ahh! Lembrei de uma outra coisa.
Num bloco no Centro do Rio, comprei um Guaravita (neste calor, é preciso se hidratar, né?) e fiquei um bom tempo procurando uma lixeira que comportasse mais um copo.
Tive que jogar no monte de lixo acumulado do lado de fora da lixeira, que estava transbordando!
Eduardo Paes, colabora!

Ao invés de ficar aparecendo na TV tocando chocalho - e deixando a ritmista de mãos vazias - fique mais atento aos reais problemas desta cidade.
Os foliões agradecem.

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